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REVIEW | Gravity Circuit

Gravity Circuit, desenvolvido pela Domesticated Ant Games, é uma homenagem ao gênero de plataforma e ação dos anos 80 e 90, especialmente inspirado em títulos icônicos como Mega Man e Ninja Gaiden. Este jogo de ação indie, de visual pixel art, aposta em nostalgia com um toque de modernidade, trazendo uma jogabilidade rápida e desafiante. Lançado para PC e consoles, Gravity Circuit rapidamente conquistou fãs de jogos retrô que apreciam dificuldade, controles precisos e um enredo envolvente.

Enredo e Ambientação

A história de Gravity Circuit se passa em um mundo futurista onde a humanidade foi substituída por robôs. O protagonista, Kai, é um robô guerreiro com habilidades únicas, conhecido como “Gravity Circuit” devido ao seu poder especial de manipular a gravidade. Ele faz parte de um grupo de heróis que defende o mundo contra forças opressivas, mas agora enfrenta uma nova ameaça: uma rede de inteligência artificial chamada Virus Army, que deseja conquistar e destruir. A missão de Kai é impedir que o Virus Army tome conta das principais instalações e ameace o restante do mundo.

Jogabilidade e Mecânicas

A jogabilidade de Gravity Circuit é uma das principais razões para o seu sucesso. A movimentação de Kai é fluida, com habilidades como o “gancho de gravidade”, que permite ao jogador se balançar por obstáculos, alcançar plataformas e se locomover pelo cenário com grande liberdade. Essa mecânica de gancho traz um diferencial ao gameplay, adicionando uma camada de estratégia ao combate e ao design das fases. Além disso, Kai possui golpes de combate corpo a corpo que o tornam um personagem versátil em ataques, diferindo de jogos clássicos do gênero que focavam mais em combate à distância.

O jogo também traz um sistema de upgrades que permite ao jogador personalizar suas habilidades e adaptar Kai ao seu estilo de jogo. As melhorias podem incluir golpes mais fortes, saltos mais altos ou resistência aumentada, o que adiciona um toque de RPG leve ao jogo, incentivando a exploração e a repetição das fases para conseguir novos recursos.

 

Dificuldade e Desafio

Para os jogadores que gostam de um bom desafio, Gravity Circuit não decepciona. Cada fase apresenta obstáculos complexos, inimigos bem posicionados e plataformas de difícil acesso que exigem precisão e planejamento. O nível de dificuldade se aproxima do de jogos como Mega Man, mas com checkpoints bem distribuídos, o que torna a experiência menos frustrante e mais justa. O design das fases é bem elaborado, com uma curva de aprendizado progressiva, onde o jogador é encorajado a dominar cada nova habilidade introduzida.

Pontos Altos: Visual, Trilha Sonora e Nostalgia

O visual de Gravity Circuit é um espetáculo à parte. A estética em pixel art detalhada e a paleta de cores vibrante evocam o estilo dos jogos de 16 bits, mantendo uma identidade visual única e moderna. As animações de movimento de Kai e dos inimigos são fluídas e bem executadas, trazendo vida ao mundo do jogo.

A trilha sonora é outro ponto forte, composta por faixas eletrônicas que capturam perfeitamente a atmosfera de ação e aventura. A música aumenta a imersão nas fases e lembra o estilo clássico de trilhas dos jogos retrô, mas com uma qualidade sonora atualizada. Cada fase possui uma trilha específica que se ajusta bem ao ritmo do jogo, elevando a experiência e a nostalgia para os fãs dos clássicos.

 

Pontos Baixos: Repetitividade e Limitações

Apesar das qualidades, Gravity Circuit tem alguns aspectos que podem ser melhorados. A repetitividade é um deles. Embora o design das fases seja variado, algumas mecânicas de inimigos e desafios começam a se repetir após certo tempo de jogo, o que pode deixar o jogador com a sensação de “deja-vu”. Além disso, a história, embora envolvente, não se aprofunda tanto quanto poderia nos personagens secundários e nas motivações do protagonista, o que poderia enriquecer a narrativa.

Outro ponto que pode ser uma limitação para alguns jogadores é a curva de dificuldade. Embora justa para os fãs do gênero, a dificuldade elevada pode afastar jogadores casuais que estão mais interessados na estética e no enredo do que na intensidade dos desafios. Uma opção de dificuldade ajustável poderia tornar o jogo mais acessível a uma gama maior de jogadores.

Comparação com Outros Jogos Estilo “Metroidvania”

Gravity Circuit tem algumas semelhanças com o gênero Metroidvania, como a exploração e o sistema de upgrades, mas é um jogo muito mais focado em ação e plataformas do que em exploração de mapas complexos. Comparado a títulos como Hollow Knight ou Axiom Verge, que incentivam a exploração e revisita de áreas, Gravity Circuit é mais linear e direto, o que o aproxima mais de Mega Man do que dos jogos de Metroidvania clássicos. Sua abordagem única, com combate corpo a corpo e o gancho de gravidade, ajuda a diferenciá-lo, trazendo frescor ao gênero.

Conclusão

Gravity Circuit é uma carta de amor aos fãs de jogos retrô e de ação, oferecendo uma experiência intensa, visualmente cativante e tecnicamente desafiadora. Com uma jogabilidade polida e um enredo que, embora simples, cativa pelo carisma do protagonista, o jogo consegue capturar a essência dos clássicos, enquanto adiciona mecânicas modernas que o tornam relevante no cenário atual dos games indie. É uma recomendação obrigatória para quem busca reviver a experiência dos jogos de plataforma clássicos, mas com uma identidade moderna e inovadora.

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NOTA: 5.5/10

Lesley Ceni

Amante de cinema, séries e vídeo game, principalmente o retrogame. Após anos consumindo muitas coisas boas e ruins, tento apresentar a visão mais sincera atualmente.

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